Duas semanas após a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA) emitir um alerta para casos raros de miocardite e pericardite associados às vacinas de RNA mensageiro da Pfizer e Moderna contra covid-19, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um comunicado semelhante nesta sexta-feira (9).
Apenas o imunizante da Pfizer está em uso no Brasil. Mesmo assim, o órgão regulador brasileiro reproduz o entendimento da FDA ao dizer que “há riscos aumentados para a ocorrência de miocardite e pericardite, particularmente após a aplicação da segunda dose das vacinas”.
“Os sintomas — dor no peito, falta de ar, palpitações ou alterações de batimentos cardíacos — surgem alguns dias após a vacinação”, explica a nota de hoje.
Assim como a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Anvisa mantém a recomendação de continuidade da imunização com a vacina da Pfizer, dentro das indicações descritas em bula, “uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos”.
Ainda segundo a agência brasileira, não há até o momento relatos desse tipo de efeito adverso em indivíduos vacinados com a Pfizer no Brasil.
“A situação indica necessidade de uma maior sensibilização por parte dos serviços e profissionais de saúde para o adequado diagnóstico, tratamento e notificação de casos. A identificação precoce de sintomas e a adoção de tratamento oportuno são aspectos fundamentais para uma melhor evolução clínica de pacientes com quadro de miocardite e pericardite”, acrescenta.
Nos EUA, identificou-se que os casos de miocardite após a segunda dose de vacinas de RNA foram mais comuns em jovens de 12 a 24 anos.
A recomendação é que qualquer pessoa que apresente os sintomas descritos acima após a segunda dose da Pfizer procure atendimento médico imediato.